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O esôfago é o órgão que liga nossa boca em sua extremidade mais profunda ao estômago, passando pelo pescoço, tórax e chegando ao abdome. Este órgão é em forma de tubo e possui mucosa e musculatura muito similar aos demais órgãos do trato digestivo, fazendo a condução do alimento que comemos de forma impecável. Em nosso pais, o câncer de esôfago ocupa o 6o lugar em homens como causa de morte por câncer, ficando mais pra trás na população feminina. Sua aparição é fortemente relacionada a ingestão de álcool e fumo, e mais atualmente, tendo grande importância a obesidade. Alguns outros fatores como exposição ao vírus HPV, consumo de carnes conservadas e embutidos; além de ingesta de bebidas muito quentes e queimaduras também merecem atenção para o risco.
O subtipo histológico do câncer de esôfago pode variar entre carcinoma espinocelular e adenocarcinoma, conforme os fatores de risco e genética envolvida, no entanto ambos tratam-se de um câncer maligno, que deve buscar ajuda e tratamento de forma precoce.
Na sua forma mais precoce, o câncer de esôfago raramente apresenta sinais importantes, sendo portanto sorrateiro. Os primeiros sinais aparecem com perda de peso, dificuldade para engolir (disfagia) ou dor (odinofagia). Sinais e sintomas importantes para pensarmos no câncer de esôfago.
– perda de peso
– sensação de obstrução ao engolir o alimento
– vômitos com sangue
– diminuição do apetite
– fraqueza e cansaço
– anemia
– rouquidão
A detecção rápida é a melhor forma de combater o câncer. Nos pacientes expostos aos fatores de risco, a procura médica ao apresentar sinais sugestivos não deve ser menosprezada, podendo esta ser a cartada inicial do sucesso do tratamento. O diagnóstico do mesmo é feito majoritariamente por exame endoscópico, no entanto exames de imagem como a tomografia computadorizada também possui papel de extrema importância para análise da doença.
O tratamento do câncer de esôfago nos estágios mais iniciais pode até em casos restritos ser feito de forma endoscópica. Em sua maioria, ele requer um tratamento combinado com opções de quimio e radioterapia adjunto de cirurgia. A cirurgia do câncer de esôfago trata-se da retirada deste órgão com seus respectivos gânglios (linfonodos), e a realização da substituição do mesmo com o estomago apos a confecção tubular dele. Em tempos mais antigos, este procedimento era feito com ao mínimo duas grandes incisões, sendo elas no abdome e tórax para melhor visualização do cirurgião e retirada do tumor. Atualmente, os centros mais avançados de cirurgia já são seguros e eficientes na realização da cirurgia de forma minimamente invasiva, que através de pequenos furos/punções, por laparoscopia e cirurgia robótica, conseguem com êxito a precisão e delicadeza devida para os melhores resultados.
Após a retirada do esôfago, mesmo sem ele, conseguimos ainda ter uma alimentação por boca, aos moldes de antes da cirurgia, sem necessidades de sondas ou cateteres de alimentação.