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O pâncreas é uma glândula no corpo humano, que dentre suas diversas funções, secreta enzimas e hormônios, auxiliando em nossa digestão e funcionamento do metabolismo do açúcar no sangue. Dentre as doenças de acometimento pancreático, temos mais frequentemente a pancreatite e diabetes, mas recentemente, uma afecção tem ganhado enorme destaque na sociedade moderna pelo seu aumento da incidência: o câncer de pâncreas.
O câncer de pâncreas destaca-se infelizmente pela sua grande taxa de mortalidade, sendo altamente agressivo e não diagnosticado e tratado de forma precoce. Atinge majoritariamente pessoas com idade acima dos 55-60 anos, mais prevalente no sexo masculino, no entanto algumas variantes também podem ter aparecimento em pacientes jovens e mulheres. Seu subtipo mais frequente chama-se adenocarcinoma, ocupando quase 90% dos casos, originário do tecido glandular. Não menos importante, outros subtipos de componente císticos associados também merecem atenção não podendo ser negligenciados.
Na procura de um diagnóstico precoce e assim a melhora chance de cura, devemos nos preocupar com os sintomas que ele pode nos mostrar, sendo eles variantes dependendo da localização de onde está no órgão.
– perda de peso importante
– fraqueza e cansaço
– icterícia (observada por amarelado no olhos e pele, por acúmulo de pigmento no corpo)
– colúria (senda ela a urina mais escura, quase amarronzada/enegrecida)
– acolia fecal (fezes esbranquiçadas por perda do pigmento do trato digestivo habitual)
– perda do apetite
– diarreia
– dores nas costas, podendo corresponder a avanço do câncer na região
Atento aos sinais, podemos assim realizar um diagnóstico o quanto antes para um tratamento efetivo. Exames como tomografia e ressonância magnética são quase que imprescindíveis para um bom diagnóstico e estudo completo do câncer. Ainda, em alguns casos há necessidade de exames endoscópicos para melhor detalhamento da região e até biópsia.
O tratamento do câncer de pâncreas sempre foi um desafio na medicina. Sua localização escondida no abdome sempre predispôs a cirurgias de grande porte, com cortes enormes e longos períodos de internação. Com o avançar da medicina e tecnologia dos dias de hoje, temos a possibilidade de fazer hoje a cirurgia pela técnica de videolaparoscopia, da qual pinças guiadas por mãos de cirurgiões dissecam e retira o tumor no abdome sem grandes incisões, e mais atualmente, com a chegada da cirurgia robótica, temos pinças e instrumentos mais acurados e delicados, permitindo menores cortes, mais delicadeza na cirurgia e menos tempo de internação com a mesma qualidade em tratamento do câncer.
A retirada do tecido doente contendo o câncer de pâncreas é feita, e sua parte remanescente é então conectada ao intestino para que o mesmo continue executando suas funções habituais.