Por favor aguarde...
O Câncer de estômago (ou Câncer Gástrico) permanece ainda como 4o e 5o colocado como tipo de câncer mais comum na população brasileira em homens e mulheres, respectivamente. Ele é proveniente de alteração de células do estômago, tornando-se estas anormais e provocando um crescimento desenfreado no órgão. Em sua grande maioria, elas estão localizadas na camada mucosa, sendo esta a mais interna do órgão, e podem passar despercebida por um tempo até vir a demonstrar sinais e sintomas mais evidentes a depender de sua topografia gástrica.
Assim como todo câncer, suas células malignas possuem uma propriedade de gradualmente gerar crescimento e progressão, tanto em profundidade como extensão e assim podendo propagar-se para outras camadas do estômago e acometer órgãos vizinhos ou mais distantes, sendo assim as metástases. Dessa forma, temos também que ficar atentos aos grupos de risco, como história familiar de câncer gástrico na família, e aos sinais e sintomas mais típicos do tumor
– dor de estomago (epigastralgia)
– dificuldade de alimentação e sensação de “estômago cheio” (saciedade)
– azia ou queimação
– perda de peso
– fraqueza e cansaço
– anemia
– vomito com conteúdo sanguinolento
– fezes enegrecidas, em “borra de café”; e fortemente mal cheirosas (melena, decorrente do sangramento dentro do trato digestivo e sua digestão até sua exteriorização)
– perda de apetite
– desanimo
A devida atenção e não negligencia dos sinais e sintomas é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento do câncer de estômago. Especialmente nos sintomas persistentes, a necessidade de uma avaliação mais acurada, com exames endoscópicos e laboratoriais são de extrema valia. Familiares ao redor destes pacientes tendem a perceber sua piora alimentar e sua queda de estado geral melhor que eles mesmos, portanto, não deixemos de valorizar as queixas das pessoas que estão ao nosso lado.
O tratamento do câncer gástrico, após uma ampla avaliação da doença, com exames de endoscopia, imagem como tomografia computadorizada e ultrassonografia endoscópica, reserva-se nos melhores âmbitos aos pacientes com uma doença ainda não avançada. Sua unica forma de cura é através de cirurgia, a qual há décadas vem sido aperfeiçoada para melhores resultados.
A retirada do estomago pode ser feita da forma parcial, havendo ainda uma parte preservada, ou pode ser feita de sua forma integral. Importante lembrarmos que mesmo apos a retirada completa do estomago, a pessoa mantém ainda sua alimentação de forma rotineira, comendo por boca, sem necessidade de sondas e dispositivos
. Antigamente, as cirurgias abertas com cortes maiores eram as únicas formas possíveis de tratamento. Mais recentemente, com o advento da cirurgia laparoscópica e atualmente a cirurgia robótica, a cirurgia pode ser feita da forma mais delicada e precisa possível, com menores incisões, menor dor pós operatória, mais breve recuperação do corpo e retorno a rotina, mantendo e aperfeiçoando os resultados com ótimos resultados e cura da doença.