Por favor aguarde...

Metabolismo e excesso de peso

20 de setembro de 2018 by Alexander Morrell0
metabolismo-1140x550xct.jpg

Metabolismo e excesso de peso

O metabolismo induz a um gasto de energia ou a um gasto calórico e, teoricamente, quanto maior um metabolismo, maior seu gasto de energia. ‘O gasto calórico de uma pessoa é composto pelo gasto calórico basal e pelo acessório. O gasto basal é a queima calórica que mantém nossa vida, é o gasto calórico necessário para manter nossas funções vitais: respirar, fazer o coração bater, pensar, rins filtrarem a urina, os milhões de células receberem oxigênio e exercerem suas funções. Esse metabolismo basal representa cerca de 75% do nosso gasto calórico. Os outros 25% são provenientes do gasto calórico acessório, que depende de nossa atividade física.

Aparentemente, as células que detêm a maior capacidade de queimar calorias são as células musculares. Logo, independentemente de praticar ou não uma atividade física, homens queimam muito mais calorias do que mulheres da mesma idade, pois têm uma massa muscular muito mais desenvolvida. ‘Assim, é fácil explicar as queixas das pacientes referentes às suas dificuldades de perder e manter o peso em relação aos seus parceiros, quando os acompanham à mesa e comem e bebem na mesma proporção que eles. Parece injusto, mas é verdade, as mulheres têm uma queima calórica menor! Entretanto, isso não tem nada de anormal, pois assim é o metabolismo feminino.

Metabolismo x idade

O nosso metabolismo também sofre influências da nossa idade. Mas por incrível que possa parecer, uma queda no seu funcionamento se deve muito mais à inatividade física do idoso do que puramente ao ‘metabolismo lento do idoso’, como muitos pensam. A crença das pessoas é de que com 30 ou 40 anos de idade, seu metabolismo torna-se mais lento. Isso não procede, as pesquisas indicam que o gasto calórico basal cai a partir dos 60 anos, e a redução calórica ideal seria de cerca de 100 calorias por década.

Fator hereditariedade

A hereditariedade está inegavelmente relacionada às alterações metabólicas responsáveis pela predisposição à obesidade. As pesquisas do genoma humano vêm identificando alterações genéticas relacionadas à obesidade e ao diabetes. Alguns genes predispõem ao ganho de peso, provavelmente por causarem interferência no gasto calórico basal das pessoas, mas as alterações mais conhecidas se devem à chamada resistência insulínica, um estado pré-diabético onde o organismo produz quantidades excessivas de insulina, que, por sua vez, favorecem o estoque de energia, em detrimento da queima dos substratos. Nesses casos, vemos na mesma família várias pessoas com o mesmo problema. Entretanto, a prática clínica tem nos mostrado que herdamos não somente genes, mas também comportamentos de nossos familiares.

Doenças que interferem no metabolismo

Algumas doenças endócrinas interferem na queima calórica, como é o caso do hipotireoidismo. Na verdade, os hormônios tireoideanos interferem na produção de calor corporal, na queima calórica e na eliminação de água do organismo. Nas situações de redução dos hormônios da tireóide, uma doença chamada hipotireoidismo, há geralmente aumento de peso por redução do metabolismo e retenção de líquidos. Entretanto, uma vez diagnosticada a doença e a dose hormonal convenientemente reposta, o metabolismo volta ao normal e nenhum aumento de peso poderá ser imputado à alteração tireoideana.

O que pode ser mudado

Há várias atitudes reconhecidamente promotoras de aumento do gasto calórico. Entre elas, duas são muito conhecidas: o fracionamento das refeições e a prática regular de atividade física.Quando fazemos um jejum prolongado, geramos informações errôneas de escassez de alimentos ao nosso organismo, o que induz à queda do gasto calórico como forma de proteção dos estoques de nutrientes. Ao ingerirmos os diferentes nutrientes, também queimamos calorias diferentes, utilizadas na digestão de cada um deles. Essas diferenças não são suficientemente importantes para reduzirmos ou aumentarmos os componentes de uma dieta além do balanceamento já conhecido e indicado na formulação das dietas de nossos pacientes.

Medidas individuais

Apesar de cada um de nós conhecer vários ‘magrelos comilões’, não os acompanhamos nas 24 horas do dia. Apenas em termos teóricos, esses magros comem na mesma proporção em que gastam calorias, por isso não engordam. É importante entendermos também que o peso e o tamanho dos pratos de duas pessoas podem confundir a nossa percepção, pois há pratos com conteúdos extremamente calóricos e leves, em contraste com outros mais pesados e menos calóricos.

Além dos ‘magrelos comilões’, há ainda os ‘beliscadores’, aqueles que não consideram comida o que eles beliscam o dia inteiro. Estes classificam seus pratos como ínfimos, o que não deixa de ser verdade, mas o valor calórico que ingerem durante o dia é muito superior ao que gastam.

E finalmente, na nossa galeria de personagens sobre o metabolismo, há os que comem um prato de ‘estivador’, tomam café, almoçam, jantam e não beliscam, deixando intrigados alguns que os observam, invejosos de suas capacidade de comer sem engordar. A única forma de descobrir o segredo destas pessoas é observá-los atentamente durante todo o seu dia, só assim, poderemos compreender como o metabolismo delas funciona realmente.

Fonte: sentirbem.uol.com.br


Leave a Reply

Your email address will not be published.


Instituto Morrell

O Instituto Morrell é uma Clínica Especializada em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia Robótica e Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos. Ainda, contamos com uma equipe pioneira na Cirurgia de Hérnias da Parede Abdominal e profissionais...

Certificações

Instituto Morrell | 2023 | Todos os direitos reservados